Terça, 16 de Setembro de 2025
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça-feira (16) e quarta-feira para definir a taxa básica de juros da economia (Selic). Formado pelo presidente do Banco Central (BC) e seus diretores, o Copom se reúne a cada 45 dias.
Na reunião anterior, o Copom decidiu interromper o ciclo de alta da taxa de juros, mantendo a Selic em 15% ao ano, justificando um ambiente externo mais adverso devido às políticas comerciais e fiscais dos Estados Unidos (EUA).
A decisão do comitê também considerou que a inflação ainda está acima da meta.
De acordo com o BC, a reunião do Copom segue um “processo que procura embasar da melhor forma possível a sua decisão”. Nela, os integrantes assistem a apresentações técnicas do corpo funcional do BC.
Entre os assuntos abordados para a definição da taxa Selic estão a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial, as condições de liquidez e o comportamento dos mercados.
As decisões são tomadas levando em conta a situação inflacionária, as contas públicas, a atividade econômica e o cenário externo – tudo com base na avaliação do cenário macroeconômico e nos principais riscos associados.
Todos os membros do Copom presentes na reunião votam e seus votos são detalhados posteriormente.
“As decisões do Copom são tomadas visando que a inflação medida pelo IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] situe-se em linha com a meta definida pelo CMN [Conselho Monetário Nacional]”, explica o BC.
As atas do Copom são publicadas em até quatro dias úteis após as reuniões.
“Uma vez definida a taxa Selic, o BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião”, explica a autoridade monetária.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Selic. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Os bancos consideram outros fatores além da Selic na hora de definir os juros a serem cobrados dos consumidores, entre eles o risco de inadimplência, o lucro e as despesas administrativas.
Taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.