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Gestão de risco de commodities: como funciona a área

Atividade de gestão de risco de commodities envolve monitoramento de mercado, antecipação de possíveis problemas e desenvolvimento de estratégias d...

31/05/2024 às 15h22
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Por AbsolutVision via Unsplash
Por AbsolutVision via Unsplash

Quando se fala em carreiras relacionadas ao campo, é provável que a maioria das pessoas pense imediatamente em profissões como engenheiros agrônomos e zootecnistas. Entretanto, há uma figura importante que muitos não conhecem: o profissional de gestão de riscos de commodities.

O conceito de commodities abrange produtos de origem primária produzidos em larga escala e de vital importância para a economia global, além de servir para diferentes propósitos. No caso do agronegócio, podem ser citados como exemplos: soja, milho, trigo, algodão, carne bovina, suína e de aves.

Logo, como o próprio nome diz, o profissional de gestão de riscos de commodities é aquele que monitora constantemente os mercados, identifica se há tendência de os preços subirem ou caírem, antecipa possíveis problemas, desenvolve estratégias e oferece soluções aos seus clientes; e dessa maneira, muitas vezes, também empregando instrumentos financeiros.

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Essa especialidade não atua somente no agronegócio, mas em outras indústrias ligadas a commodities, como a de aviação comercial, em que os preços dos combustíveis fósseis consumidos seguem de perto os preços internacionais do petróleo e seus derivados.

A explicação é de Rafael Harada, CEO e cofundador da Virtus Advisors, empresa que presta serviços de consultoria, avaliação de riscos e planejamento estratégico para produtores rurais. “O profissional precisa, além de conhecer muito sobre os mercados específicos, entender todas as dimensões de risco envolvidas”, afirma. 

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Os riscos são variados, alguns deles sendo: fatores climáticos, fatores macroeconômicos e microeconômicos, conflitos armados e questões geopolíticas, que podem impactar um determinado setor ou produto. 

A Guerra na Ucrânia, por exemplo, fez o preço do trigo, milho e óleos vegetais disparar logo após a eclosão do conflito, em 2022, segundo notícia publicada no site oficial da Organização das Nações Unidas (ONU). Isso porque Rússia e Ucrânia respondem, juntas, por quase 30% das exportações globais de trigo e 80% de girassol, como menciona o texto.

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Nesse contexto, cabe ao profissional de gestão de riscos de commodities orientar o seu cliente ou a empresa em que trabalha sobre como agir estrategicamente a partir de uma visão que mescle conhecimentos em economia, administração, oferta, demanda e as próprias características do produto em questão.

“Estar atualizado em termos de tecnologia também é muito importante, mas o principal desafio é ter segurança sobre premissas e dados, a fim de evitar surpresas desagradáveis”, avalia Harada. 

Com ampla experiência na área, incluindo ter ocupado o cargo de head global de gerenciamento de riscos da gigante do ramo alimentício JBS, Harada é enfático ao definir a importância da profissão. “A gestão de riscos bem feita pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa de commodities”, pontua. 

Para saber mais, basta acessar: https://www.linkedin.com/in/rafael-harada/

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